Psicanálise e Crime: O Que Está Por Trás?

Descubra o que a Psicanálise revela sobre a mente criminosa. Entenda as raízes
inconscientes do crime e como o desejo reprimido pode gerar violência e transgressão.

Motivação

O que leva alguém a cometer um crime? Seria apenas a influência do meio? Uma falha de
caráter? A ausência de punição? Para a Psicanálise, a resposta vai muito além da
superfície. Ela penetra nas camadas mais profundas da mente humana, onde habitam
traumas, desejos reprimidos, conflitos psíquicos e o impulso de transgredir.
Falar sobre criminalidade a partir do olhar psicanalítico é mergulhar em um universo
onde a razão e o inconsciente travam uma batalha silenciosa, muitas vezes fatal. É
reconhecer que o crime não nasce do nada — ele é fruto de uma história psíquica marcada
por dor, ausência, recalque e, muitas vezes, um clamor por reconhecimento.

A raiz inconsciente do ato criminoso

A Psicanálise ensina que o sujeito humano é dividido. Dentro de cada um de nós há forças
pulsantes que nem sempre estão sob nosso controle. Freud chamou isso de inconsciente
— um lugar onde impulsos, traumas e desejos inconfessáveis permanecem ativos,
mesmo sem nossa percepção.
Quando um sujeito comete um crime, ele pode estar dando vazão a uma pulsão
reprimida, expressando uma angústia não simbolizada, ou agindo a partir de uma
estrutura psíquica marcada pela perversão ou psicose.
Não se trata de justificar o crime, mas de compreender que o ato criminoso pode ser o
sintoma de um sofrimento psíquico profundo, não escutado, não tratado, não elaborado.

O crime como busca de sentido

Muitos indivíduos que entram no caminho do crime carregam uma história marcada por
abandono, negligência, abusos e exclusão social. No campo da Psicanálise, isso pode
ser visto como uma falha na constituição do sujeito, onde o crime se torna uma tentativa
de existir, de ser visto, de deixar uma marca.

É como se, ao violar a lei, o sujeito gritasse: “Estou aqui, olhem para mim!”
Nesse sentido, a criminalidade também pode ser lida como uma manifestação do desejo
de pertencimento, mesmo que de forma distorcida e destrutiva.

O papel da Psicanálise na prevenção

A Psicanálise pode contribuir, sim, com estratégias de prevenção à violência, desde que
haja espaço para escuta genuína, acolhimento e intervenção precoce. Investir em
atendimento psicológico em comunidades vulneráveis, em escolas e no sistema
prisional é investir na saúde psíquica da sociedade.
Transformar o sujeito antes que ele precise gritar com o crime é uma tarefa que exige
coragem, investimento e, acima de tudo, humanidade.

Compreender o crime a partir da Psicanálise é reconhecer que há dor por trás da
transgressão, há silêncio por trás do grito, há história por trás da violência.
Talvez a cura não esteja apenas na punição, mas na escuta, no cuidado e na possibilidade
de reescrever a própria história.
E você? Já pensou no quanto nossas feridas internas podem nos conduzir a atos
extremos?
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por Psicanálise, justiça ou comportamento humano e continue acompanhando nossos
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Porque entender a mente é o primeiro passo para transformar a realidade.

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