Feminicídio e Maria da Penha

Reflexões Emocionais da Criminologia e da Psicanálise na Cura da Dor

 A lei Maria da Penha é analisada pela Criminologia e pela Psicanálise como caminho de cura e prevenção contra o feminicídio.


Um olhar necessário sobre o feminicídio

O feminicídio tem sido reconhecido como uma das formas mais cruéis de violência contra a mulher. Dentro da sociedade, o silêncio foi mantido por muito tempo, até que vozes foram levantadas e leis foram criadas para proteção da vida feminina. Nesse contexto, a Lei Maria da Penha foi estabelecida como uma conquista histórica, sendo vista como uma ferramenta de defesa e esperança.

A Criminologia e o fenômeno da violência

Pela lente da Criminologia, o feminicídio é interpretado como um fenômeno social que ultrapassa o limite individual, revelando falhas estruturais, culturais e institucionais. A violência foi sustentada por desigualdades históricas e pela manutenção do patriarcado, o que tornou urgente a criação de políticas públicas mais eficazes e uma rede de proteção que funcione de forma real.

A importância da Psicanálise no processo de cura

Enquanto a lei protege, o coração ferido da vítima necessita de cuidado. A Psicanálise se mostra essencial nesse processo, pois permite que traumas sejam elaborados, dores silenciosas encontrem palavras e a subjetividade da mulher seja resgatada. Através do espaço terapêutico, a vítima pode transformar o sofrimento em possibilidade de vida, reconstruindo a autoestima e recuperando a confiança perdida.

Prevenção e transformação social

O enfrentamento do feminicídio não é sustentado apenas pela lei. A prevenção é fortalecida pela educação emocional, pelo acolhimento terapêutico e pela desconstrução de padrões culturais violentos. Quando a escuta é oferecida e o cuidado psicológico é valorizado, o ciclo da violência pode ser quebrado e vidas podem ser salvas.



O feminicídio foi reconhecido como uma ferida aberta na sociedade. A Lei Maria da Penha oferece proteção, a Criminologia oferece compreensão e a Psicanálise oferece cura. Somente pela união desses olhares será possível construir uma cultura de respeito, prevenção e vida.

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