Adolescentes e Feminicídio

 O feminicídio juvenil revela traumas não tratados e alerta para a importância da escuta e do acolhimento na adolescência.


Adolescentes feminicidas: o alerta silencioso que precisa ser ouvido

Um país inteiro foi abalado pelo caso recente em que uma adolescente foi esfaqueada dentro da sala de aula por um colega. A tragédia foi testemunhada com perplexidade e trouxe à tona uma questão urgente: o feminicídio entre adolescentes, cada vez mais presente e menos compreendido.

Esses atos não são cometidos ao acaso. Eles são moldados ao longo do tempo, em meio a traumas emocionais, sentimentos reprimidos e relações fragilizadas. Quando o sofrimento não é nomeado e a escuta é negada, as emoções são transformadas em comportamentos destrutivos.

O papel da Psicanálise na escuta e prevenção

Através da Psicanálise, o sofrimento do adolescente pode ser escutado e ressignificado. Os conflitos inconscientes são acolhidos, permitindo que o sujeito possa elaborar sua dor, compreender seus impulsos e reconstruir sua forma de se relacionar com o mundo.

Não são julgamentos que precisam ser oferecidos, mas sim espaços de escuta e acolhimento. Com a escuta ativa e sem imposições, a fala é convidada a surgir — e com ela, a possibilidade de transformação.

Prevenir é possível quando se escuta com empatia

Quando sinais de sofrimento são ignorados, tragédias podem ser repetidas. Escolas, famílias e instituições precisam estar atentas aos indícios: isolamento, explosões de raiva, mudanças bruscas de comportamento. Com atenção e orientação adequada, muitas dores podem ser evitadas antes que se tornem irreversíveis.

A saúde mental dos adolescentes deve ser protegida como um direito fundamental. Quando acolhidos em suas fragilidades, eles encontram recursos internos para lidar com frustrações, rejeições e afetos intensos.

Feminicídio na adolescência: um sintoma de algo mais profundo

O caso recente não deve ser lido apenas como um ato isolado, mas como expressão de um sintoma social. Masculinidades distorcidas, repressão emocional e ausência de diálogo têm contribuído para o surgimento de comportamentos violentos desde a juventude.

É por isso que o trabalho psicanalítico, voltado para a escuta do sujeito, torna-se essencial. Quando o adolescente é ouvido em sua dor e acolhido sem julgamento, sua trajetória pode ser transformada.


Vamos transformar dor em palavra. Violência não é destino.

📩 Agende uma escuta. Compartilhe esta mensagem.
A prevenção começa no cuidado com a alma.


Deixe um comentário