É do conhecimento de todos que bebês reborns são bonecas realistas que imitam a aparência de um bebê humano, mas o que aconteceu que nos últimos dias essas bonecas tem sido o foco de tanta polêmica? Em todas as mídias tem sido noticiados encontros de “mães” de bebês reborns, maternidade de bebês reborns e até mulheres levando seus bebês reborns para o hospital…
Esse comportamento poderia ser visto como uma nova tendência (moda), ou uma forma de fugir da realidade?
O que esse tipo de comportamento pode trazer de prejuízo para a vida da pessoa que adota essa prática ou para a sociedade?
PREJUÍZO PSICOLÓGICO
1- Confusão entre realidade e fantasia: profissionais de saúde mental alertam que essa prática pode criar confusão entre o que é real e o que é fantasia.
2- Vínculo emocional: alguns adeptos dessa prática pode desenvolver vínculo emocional intenso com bebês reborns, o que pode ser prejudicial já que essa pessoa pode se afastar de vínculos sociais reais.
PREJUÍZO SOCIAL
1- Estigma: algumas pessoas enxergam bebês reborns como perturbadores e estranhos, então o ato de socializar carregando um bebê reborn pode gerar desconforto aos indivíduos que ali se encontram.
2- Uso como substitutos: os profissionais também alertam para que essa substituição não seja de forma literal.
PREJUÍZO À SAÚDE
1- Saúde mental: alguns profissionais de saúde mental alertam sobre a possibilidade de tal prática estar relacionada a questões de saúde mental, como depressão por exemplo.
2- Higiene: é importante lembrar que os bebês reborns podem acumular poeira e outros alérgenos, o que pode ser um problema para pessoas com alergias e outros problemas respiratórios.
Se esse comportamento tem como objetivo a fuga da realidade, no contexto de transtorno mental, podemos pensar na Dissociação que é um mecanismo de defesa psicológico em que a pessoa se distancia da realidade, seja da sua própria experiência, da sua identidade ou do mundo ao seu redor.
CAUSAS E FATORES DE RISCO
1- Trauma: viver uma experiência traumática pode desencadear a dissociação como um mecanismo de defesa.
2- Estresse: o estresse crônico ou agudo pode contribuir para que ocorra a dissociação.
3- Desenvolvimento: experiências adversas vividas na infância também pode desencadear de forma precoce a dissociação como mecanismo de defesa.
AS CONSEQUÊNCIAS
1- Despersonalização: sensação de estar desconectado de si mesmo.
2- Desrealização: sensação de que o mundo ao redor não é real.
3- Dificuldade de relacionamento: dificuldade em formar e manter relacionamentos saudáveis
4- Problemas de memória: lapsos de memória ou amnésia.
Para Freud, ao dissociar, o indivíduo se afasta da situação evitando que pensamentos ou emoções dolorosas afetem a sua consciência. Sendo assim, podemos então pensar que, pessoas que adotam a prática de cuidar de bebês reborns de forma tão literal estão vivendo um surto de dissociação coletiva, ou seja, uma “doença psicogênica em massa”?
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